Carlos Teixeira
Jornalista I Futurista
Jornalista I Futurista
Em um órgão público do sistema judiciário, de dez funcionárias responsáveis pelo atendimento de demandas do setor de estágios, quatro estão segurando a barra da sobrevivência das famílias. São mulheres com casamentos estáveis. E maridos desempregados.
O panorama será cada vez mais comum nos próximos anos. Sem dar conta de encontrar oportunidades em suas profissões, diante do cenário econômico do país, os homens também não conseguem vislumbrar um “Plano B”.
A habilidade de lidar com o cenário de crise, aprofundado pela falta de crescimento e mudanças da sociedade, vai propiciar demanda adicional para profissões voltadas ao aconselhamento de estratégias, como o coach.
O momento é de transição para novos modelos de negócios. Inclui, no caso, a capacidade de criação de novas atividades profissionais que explorem, por exemplo, as inovações tecnológicas.
Não é mero acaso o fato de que, buscando clareza para as suas estratégias, as mulheres são maioria nos cursos e workshops criados com o objetivo de desenvolvimento de novos negócios. Homens habituados ao trabalho, ainda carregando o conceito de profissões sólidas, como empregados, tendem a ter maiores dificuldades de abandonar as atividades de origem e iniciar a procura por alternativas.
Transição
Há problemas adicionais no ar, além das dificuldades tradicionais enfrentadas por quem lida com duplas ou tripas jornadas de trabalho. Entender a realidade e propor estratégias de sobrevivência para os grupos de trabalhadoras são alguns dos desafios crescentes da atividade de coach.
As mulheres serão um nicho de mercado crescente e com demandas mais específicas, graças à criação de novas responsabilidades — como se não bastassem as existentes. Com crescimento insuficiente da economia, falta de empregos formais e precarização das relações de trabalho, os próximos anos verão o aumento dos casos em que os maridos estarão desorientados sobre o que fazer.
As mulheres, com as responsabilidades crescentes, demandarão apoio para cumprir a missão de adaptação a um cenário de um “novo normal”. Entramos na jornada da quarta revolução industrial, elas precisarão estar apoiadas para a criação de novas estratégias. As profissões já estão mudando, exigindo a busca por reposicionamento pessoal e profissional.
Forças do futuro
Por que (mais) mulheres vão buscar os serviços de coach?
Antecipação da aposentadoria:
O medo da perda de direitos, principalmente no setor público, vai levar um número maior de mulheres a antecipar e identificar nova atividade
Falta de empregos + Precariedade do mercado de trabalho
A carência de oportunidades vai levar mais gente a buscar aconselhamento para o empreendedorismo por necessidade. Mesmo que o discurso oficial diga que não, as perspectivas são de precarização do mercado de trabalho interno
Crença no empreendedorismo como alternativa de sobrevivência
Com desemprego e subemprego elevado, a comunicação de massa vai enfatizar a saída por saídas individuais e focadas em abertura de negócios próprios
Abertura de negócios por necessidade volta a ser prioridade para a população preocupada em gerar renda.
Identificação de novos modelos de negócios
- Mulheres buscarão criativamente alternativas novas de inserção, com o desenvolvimento de projetos próprios
Publicado em: https://radardofuturo.com.br
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