Pular para o conteúdo principal


Comunicar com empatia

Ensinamentos sobre Comunicação Não-violenta


Desde que li o livro Comunicação Não-violenta (CNV) do psicólogo Marshall Rosemberg, me apaixonei pelo tema e tenho feito cursos e estudos. A CNV é uma abordagem que nos ajuda a aprimorar os relacionamentos interpessoais e diminuir a violência no mundo por meio da linguagem e da comunicação.

A CNV nos inspira a perceber a intenção por trás das nossas atitudes. Ensina-nos a dar e receber com compaixão.  Se fizermos tudo que pudermos para que os outros saibam que esse é nosso único interesse, eles se unirão a nós no processo, e conseguiremos nos relacionar com compaixão uns com os outros. É uma metodologia que tem o objetivo de trazer a humanidade para as relações mesmo em situações adversas. O momento em que vivemos é muito propício para resgatarmos isso e colocarmos em prática em todos os relacionamentos.

Recebi a mensagem de uma seguidora dizendo o quanto parecia difícil praticar isso. Expliquei a ela sobre níveis de consciência e a incentivei a estudar e praticar. Nem sempre nos damos conta de perceber os nossos sentimentos e as necessidades por trás deles. Dessa forma, ficamos no nível do julgamento moralizante. Se é bom ou ruim, certo ou errado, fácil ou difícil etc.

Para vencer o desafio de praticar algo que, a princípio, nos parece difícil, precisamos seguir para outros níveis do despertar.  Além de perceber o que queremos mudar e praticar para alcançar o objetivo, é necessária uma forte intenção vinda de dentro. Uma motivação que garanta dar continuidade aos esforços mesmo diante de desconfortos.

Só a intenção positiva não garante a mudança, mas já é um grande passo, pois só quem desperta se move para a ação. E é na prática que podemos observar se o verdadeiro tamanho do desafio. Pois, nem sempre as dificuldades que tememos são como imaginamos.

A CNV é pura prática. Tem como pilares:

1)      Observar sem avaliações e julgamentos.

2)      Identificar e nomear sentimentos.

3)      Reconhecer quais necessidades estão ligadas a esses sentimentos.

4)      Fazer um pedido claro, diferente de exigências.

O objetivo da CNV não é mudar as pessoas e seu comportamento para conseguir o que queremos, mas, sim, estabelecer relacionamentos baseados em honestidade e empatia, que atenderão necessidades coletivas.

Como diz o autor, por sermos convocados a revelar nossos pensamentos e necessidades mais profundos, às vezes, podemos achar desafiador nos expressarmos em CNV. Entretanto, essa expressão fica mais fácil depois que entramos em empatia com os outros, porque teremos então tocado sua humanidade e percebido as qualidades que compartilhamos. Quanto mais nos conectamos com os sentimentos e necessidades por trás das palavras das outras pessoas, menos assustador se torna nos abrirmos para elas.

Em resumo, a Comunicação Não-Violenta é uma forma de expressarmos honestamente e recebermos empatia por meio de seus quatro pilares.

Débora Junqueira - Coach Integral Sistêmica de mulheres

@focar.coaching


Photo by Jobert Jamis Aquino on Unsplash


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vamos ampliar a “zona de conforto”?

“Você precisa sair da zona de conforto”. Sempre que escuto essa frase me dá uma dor no coração e fico imaginando que sair do conforto vai ser mais negativo que positivo. Sendo assim, parece que tomar uma decisão de mudança fica ainda mais difícil com esse conselho. Por isso, eu prefiro o termo “ampliar a zona de conforto”. Veja a imagem. Se a zona de conforto é onde nos sentimos seguros, sair dela pode significar ficar na zona do medo, o q ue não desejamos, não é mesmo? Por isso, a opção de ficar no mesmo lugar soa mais inteligente para o nosso cérebro e não avançamos rumos aos nossos verdadeiros objetivos. Agora, se o foco estiver na aprendizagem e no crescimento, com o desenvolvimento de novas habilidades e superação de obstáculos, é possível ampliar a zona de conforto, ou seja, se sentir seguro em outro patamar. Esse é um exemplo de como o foco no futuro nos ajuda a passar por algumas situações de desconforto para alcançar um objetivo que vai trazer satisfação. Po
Empreender com alma Empreender é sempre um grande desafio. Para as mulheres é ainda mais, em função de preconceito, dupla jornada e, muitas vezes, falta de autoconfiança. No dia 18/07, fiz uma palestra sobre empreendedorismo feminino para massoterapeutas a convite da @aiara_dantas_drenagem. Falei sobre a importância de empreender com alma, que conceituo como colocar o coração no que faz, alinhando dons, talentos e conhecimentos ao levar soluções para outras pessoas de um jeito único. Empreender de forma autêntica alinhada ao seu propósito de propósito de vida exige autoconhecimento e um trabalho de ressignificação de crenças sobre sucesso e fracasso. Os fracassos fazem parte de uma trajetória de sucesso. Em resumo, um negócio com alma tem que ter gente conectada consigo mesma na essência para criar soluções eficazes que resolvam as dores e atendam as necessidades dos clientes, com respeito aos valores de cada um. Também falei um pouco sobre a forma como entendemos o sucesso e o fracas
  Será que os seus hábitos estão te transformando em quem você quer ser ou te levando na direção contrária? Vejo algumas mulheres dizendo que querem ter mais tempo para si, mas não se priorizam. Querem ser magras, sem abandonar hábitos não saudáveis. Querem ter tempo, sem se dedicar ao aprendizado de técnicas de organização. Querem crescer como empreendedoras, sem aparecer com frequência nas redes sociais ou ofertar seus produtos.   Não adianta fazer aquela lista de metas para o novo ano, sem focar no que você quer ser, como quer se sentir ou ser vista. Com essa clareza, o segundo passo é estabelecer novos hábitos. São eles que sustentam as metas. A meta te dá a direção, mas é o processo de longo prazo que leva aos resultados consistentes e a excelência. Comece a construir novos hábitos de acordo como quer se ver no final de 2022. Mude a forma como você se enxerga. Diga para você mesma “Eu me priorizo”, “Eu sou saudável”, “Sou ótima leitora”, “Eu falo bem em público”, etc. En