Seu perfeccionismo impede a sua felicidade?
Não consegue
ser feliz porque nem tudo está perfeito?
Quer corresponder
às expectativas dos outros e fica extremamente constrangida por cometer erros?
Você pode
ser uma perfeccionista ao extremo e isso está te impedindo de aproveitar a sua
vida.
Todos os
dias, as mulheres são bombardeadas por mensagens que criam expectativas de uma
perfeição inatingível. É impossível não se comparar diante das imagens de vida perfeita
nas redes sociais. Tudo isso cria mais comportamentos perfeccionistas que
ultrapassam os limites saudáveis.
É desafiador
conseguir cuidar mais e melhor de si mesma quando você gasta boa parte da sua
energia tentando viver de acordo com as suas necessidades e as expectativas dos
outros. Cuidar das suas necessidades, ter tempo para se desenvolver e se
priorizar não é sinal de fraqueza, muito menos egoísmo.
Não há nada
de errado em querer mudar o que causa insatisfação ou buscar excelência. O
problema é quando a busca pela perfeição é exagerada, provocada por distorções,
comparações ou culpas.
“O perfeccionismo não é uma busca pelo melhor. É uma busca pelo pior em nós mesmos, a parte que nos diz que nada do que fazemos vai ser bom o suficiente”.
Julia Cameron
Você pode ser feliz sem ser perfeita
No livro Você pode ser feliz sem ser perfeita – Como
se libertar de cobranças excessivas e se aceitar do jeito que você é, as
autoras Alice D. Domar e Alice Lesch Kelly explicam que o problema com o
perfeccionismo é saber em que quantidade ele está presente na personalidade.
Um traço de
perfeccionismo aqui e ali pode ser construtivo e até elevar a autoestima, porém
níveis mais altos podem estimular sentimentos de angústia, ansiedade, baixa
autoestima, culpa, decepção e depressão. O que pesquisadores definem como nível
“neurótico”, quando se busca padrões elevados, motivado pelo receio de fracasso
e pela preocupação em não decepcionar os outros.
Como identificar
Algumas
tendências que se manifestam em perfeccionistas:
- Esperar
que pessoas e situações estejam isentas de falhas ou defeitos. Há pessoas que
exigem a perfeição de si e dos outros e ainda pensam que os outros esperam o
mesmo delas.
- Ter
pensamentos automáticos voltados para a perfeição. Diálogo interno repetindo que precisam ser
perfeitas.
-Ter uma
percepção exagerada da imperfeição. Percebem cada falha e se prolongam nela.
-Sentir
vergonha dos que os outros vão pensar e culpa pelo próprio desempenho
inaceitável.
-Transformar
os acontecimentos em catástrofes. Dar importância ao menor contratempo.
-Estabelecer
padrões rígidos. Expectativas irracionais altas.
-Esperar o
impossível. Achar que pode se destacar em todas as áreas até nas que não têm
experiência.
- Fazer
julgamentos do tipo “tudo ou nada”. Se não desempenhar bem uma tarefa, considera-se
inútil.
-Exagerar no
que está em jogo. Se convencem de que o mundo depende de cada decisão e ação.
-Reagir com
exagero. Enfrentam problemas de forma excessivamente emocional.
Reestruturação cognitiva
O
perfeccionismo é um ato de controle, muitas vezes desenvolvido após uma
situação caótica na vida. A compensação é pensar que pelo menos a casa vai
estar sempre arrumada, os filhos bem cuidados e tudo mais que dê a sensação de
controle. O pensamento é se tudo parece bem, deve estar bem.
Para lidar
com o perfeccionismo, as autoras do livro sugerem um trabalho de reestruturação
cognitiva, ou seja, identificar os pensamentos prejudiciais, desafiá-los com
perguntas e reflexões e reestruturá-los.
Dessa forma,
se a mulher pensa que não vai conseguir dormir porque a pia está cheia de louça
suja, ela pode se perguntar se não está fazendo uma tempestade em copo d´água e
se há outro modo de encarar a situação. E pode mudar para “Prefiro lavar a
louça antes de deitar, porém considero mais importante dormir do que lavar
pratos”.
Outras
sugestões são aprender a relaxar, meditando. Exercitar a gratidão ativa, ter
uma vida com sentido, trabalhar afirmações positivas e celebrar a beleza e não as
imperfeições. Afinal, a tese do livro é que você pode ser feliz sem ser
perfeita em todas as áreas da vida.
Para a
escritora Brené Brown, autora do livro “A Coragem de ser imperfeito”, a busca
por uma aparência perfeita ou o perfeccionismo no jeito de fazer algo funcionam
como uma capa de proteção para minimizar a vergonha, a culpa e o julgamento. A
solução dela para lidar com isso é desenvolver a autenticidade. Dessa forma, ao
mostrar as vulnerabilidades é possível abrir mão desse comportamento
perfeccionista como um escudo protetor.
Se você
identificou traços perfeccionistas, comece se perguntando em que esses
comportamentos te protegem. Quais ganhos trazem ou o que evitam?
Debora Junqueira - Master Coach de Mulheres
Ilustração: Juliana Dias @julianadiasartes
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