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Volta às aulas com mais Inteligência Emocional


Com o fim das férias, a rotina escolar é retomada com um significado diferente para cada um. Pais ficam felizes, o trânsito volta ao caos normal e alunos e professores ficam na expectativa sobre os desafios de mais um ano letivo.

No dia 16 de fevereiro, tive a oportunidade de fazer palestras para os professores da Escola Estadual Guilhermino de Oliveira, em Contagem, e acompanhei um pouco da preparação para a recepção dos alunos. O que envolve muito trabalho da direção e dos professores.

É louvável a atitude das escolas que aproveitam esse período não só para fazer reuniões pedagógicas e administrativas, mas para investir na formação humana do corpo docente, dando-lhes oportunidades de aprimoramento pessoal e profissional.

Na minha palestra, abordei a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional para melhorar as relações dentro da escola. O conceito é definido pelo cientista norte-americano Daniel Goleman como a "...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman,1998).

Interessante notar que esse tema chamou atenção dos professores como uma forma de lidar melhor com os alunos nas questões que envolvem disciplina, conflitos de relacionamento e dificuldades de aprendizado. Problemas que afetam escolas públicas e privadas.

Estudos mostram que as emoções negativas interferem na concentração e alunos ansiosos ou deprimidos não aprendem. Quanto aos conflitos, muitas vezes, eles surgem porque as pessoas não reconhecem os seus sentimentos, nem interpretam bem os sinais não verbais dos outros. Sem saber gerenciar as nossas emoções, o sucesso, não só na escola como na vida pessoal e profissional, pode ficar comprometido, mesmo para quem tem um alto QI.
Não se trata de eliminar as emoções, porque todo sentimento tem seu valor e sentido. O objetivo de desenvolver a inteligência emocional é equilibrar o lado racional e emocional e utilizar as emoções como motivação para ações de acordo com os nossos valores e objetivos.

Nesse aspecto, nós, mulheres, costumamos levar vantagem sobre os homens, porque somos mais emocionais. E se soubermos utilizar bem as nossas habilidades de comunicação sobre sentimentos, desenvolvendo aptidões sociais e interações produtivas, poderemos alcançar os nossos objetivos e desfrutar uma vida mais leve.

A notícia boa é que a Inteligência Emocional pode ser desenvolvida, treinada e aprimorada com a construção de novos hábitos, novas formas de pensar e se comportar.

Débora Junqueira – Coach e Jornalista






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